Evangelho de Jesus Cristo segundo João 3,13-17
Disse Jesus a Nicodemos: 13 "Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14 Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15 para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. 16 Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17 De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele".
Palavra da Salvação.
Reflexão.
Exaltação da Santa Cruz. Interessante olhar para a cruz, instrumento de tortura e morto como um objeto santo.
Mas, olhar para a cruz, e ver nela sinal de libertação é um exercício de piedade que poucas pessoas conseguem fazer. Nós não gostamos de sofrer. A dor de ter sido expulso do paraíso nos faz sofrer.
Nicodemus era um homem influente na sociedade no tempo de Jesus. Era mestre da Lei, quer dizer, alguém que estudava e conhecia as escrituras. Sabia da promessa de um messias.
Jesus, então, numa conversa num nível um pouco mais elevado, fora do senso comum, diz a ele que somente sobe ao céu quem do céu desceu. Jesus sabia que Nicodemues entenderia essa mensagem. E por falar nisso, Jesus se adapta sempre ao seu interlocutor. Lembremos o caso da Samaritana.
Pois bem, Jesus relembra o caso da serpente de prata, narrada na primeira leitura de hoje, e se assemelha a ela. A figura da serpente de bronze, que colocada numa haste cura a quem olhava, será substituída pelo madeiro da cruz.
Todas e todos que olham para cruz devem se lembrar de como foi a vida de Jesus. Uma vida de implantação do Reino dos Céus (ou do Reino de Deus).
Ao tocar a cruz, símbolo da tortura e da morte, com seu corpo, Jesus transformou aquilo em sinal de libertação. Contemplar a cruz é saber que somos chamados a seguir alguém que ter uma proposta de mudança do mundo, de mudança das relações sociais. De alguém que deu a vida pela causa do Reino e que somos chamados a repetir o mesmo gesto.
Evangelizar é confrontar-se com o mundo. Com as ideias do mundo. É uma ação de enfrentamento pacífico.
Ao ser mensageiro de um mundo novo. teremos a cruz como consequência.
Comentários
Postar um comentário
Comentários não pertinentes, de cunho racista, de intolerância religiosa, homofóbico, contra as mulheres, etc não serão publicados.