𝗣𝗢𝗘𝗠𝗔 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗢 𝗕𝗜𝗦𝗣𝗢 𝐀𝐆𝐔𝐀 𝐏𝐄𝐃𝐑𝐎 𝐀𝐑𝐀𝐆𝐔𝐀𝐈𝐀

𝗣𝗢𝗘𝗠𝗔 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗢 𝗕𝗜𝗦𝗣𝗢-𝐀𝐆𝐔𝐀-𝐏𝐄𝐃𝐑𝐎-𝐀𝐑𝐀𝐆𝐔𝐀𝐈𝐀
(𝖠𝖽𝖺𝗉𝗍𝖺𝖼𝖺𝗈 𝖽𝗈 𝗉𝗈𝖾𝗆𝖺 "H𝗈𝗆𝖾𝗇𝗌" 𝖽𝖾 C𝗈𝗋𝖺 C𝗈𝗋𝖺𝗅𝗂𝗇𝖺)

Em água e vinho se definem os bispos.
Bispo água. É aquele fácil e comunicativo.
Corrente, abordável, servidor e humano.
Aberto a um pedido, a um favor,
ajuda em hora difícil de um amigo, mesmo estranho.
Dá o que tem
– boa vontade constante, mesmo dinheiro, se o tem.
Não espera restituição nem recompensa.
É como água corrente e ofertante,
encontradiça nos descampados de uma viagem.
Despoluída, límpida e mansa.
Serve a animais e a vegetais.
Vai levada a engenhos domésticos em regueiras, represas e açudes.
Aproveitada, não diminui seu valor, nem cobra preço.
conspurcada seja, se alimpa pela graça de Deus
que assim a fez, servindo sempre
e à sua semelhança fez certos bispos que encontramos na vida
– os Bons da Terra — Mansos de Coração.
Água pura da humanidade.
Há também, lado-a-lado, o bispo-vinho.
Fechado nos seus valores inegáveis e nobreza reconhecida.
Arrolhado seu espírito de conteúdo excelente em todos os sentidos.
Resguardados seus méritos indiscutíveis.
Oferecido em pequenos cálices de cristal a amigos
e visitantes excelsos, privilegiados.
Não abordável, nem fácil sua confiança.
Correto. Lacrado.
Tem lugar marcado na sociedade humana.
Rigoroso.
Não se deixa conduzir — conduz.
Não improvisa — estuda, comprova.
Não aceita que o golpeiam,
defende-se antecipadamente.
Metódico, estudioso, ciente.
Há de permeio o bispo vinagre,
uma réstia deles,
mas com esses, não vamos perder espaço.
Há lugar na vida para todos.

𝘗𝘦𝘥𝘳𝘰 não 𝘮𝘰𝘳𝘳𝘦𝘶; 𝘷𝘪𝘳𝘰𝘶 𝘈𝘳𝘢𝘨𝘶𝘢𝘪𝘢. 𝘎𝘳𝘢𝘵𝘪𝘥ão 𝘥𝘦 𝘶𝘮 𝘱𝘢𝘥𝘳𝘦 𝘱𝘳𝘦𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘶𝘮 𝘙𝘪𝘰 𝘥𝘪𝘧𝘦𝘳𝘦𝘯𝘵𝘦, 𝘈𝘨𝘶𝘢-𝘗𝘦𝘥𝘳𝘰.
𝘛𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘥𝘦 𝘥𝘢 á𝘨𝘶𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘶 𝘵𝘦𝘯𝘴, 𝘥𝘢 á𝘨𝘶𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘶 𝘦𝘴: Á𝘨𝘶𝘢-𝘝𝘪𝘷𝘢-𝘈𝘳𝘢𝘨𝘶𝘢𝘪𝘢!
𝘘𝘶𝘦 𝘰 𝘌𝘴𝘱𝘪𝘳𝘪𝘵𝘰 𝘢𝘯𝘵𝘪𝘳𝘳𝘢𝘤𝘪𝘴𝘵𝘢 𝘦 𝘲𝘶𝘪𝘭𝘰𝘮𝘣𝘪𝘴𝘵𝘢 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴 𝘱𝘳𝘦𝘴𝘦𝘳𝘷𝘦 𝘦𝘴𝘴𝘢 𝘦𝘴𝘱𝘦𝘤𝘪𝘦 𝘥𝘦 𝘳𝘪𝘰 𝘦𝘮 𝘦𝘹𝘵𝘪𝘯𝘤𝘢𝘰.
𝘗𝘦𝘥𝘳𝘰 𝘯𝘢𝘰 é 𝘱𝘳𝘢 𝘴𝘦𝘳 𝘤𝘩𝘰𝘳𝘢𝘥𝘰, é 𝘱𝘳𝘢 𝘴𝘦𝘳 𝘣𝘦𝘣𝘪𝘥𝘰!

Geraldo Natalino (Pe. Gegê)
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